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Em 60 a.C., os três mais poderosos generais de Roma, Júlio César (o favorito da plebe), Pompeu (que triunfara na Hispânia) e Crasso (o homem mais rico de Roma), firmaram um acordo tácito denominado triunvirato (governo de três pessoas), para dividir o governo. A palavra triunvirato originou-se a partir de dois radicais do latim: trium- (três) e vir (homem). Assim, o nome é bem conveniente ao que realmente representou o triunvirato. Com a ajuda de Crasso e Pompeu, César elegeu-se cônsul e tornou-se encarregado da execução das medidas propostas pelos três.
Distribuiu terras da Campânia para os soldados de Pompeu; apoiou os partidários de Crasso na expulsão de Cícero, senador inimigo de Crasso e contrário às reformas político-sociais em Roma. Também fez com que as soluções administrativas adotadas por Pompeu em suas conquistas no Oriente fossem confirmadas pela Assembléia Popular. Para si, garantiu o domínio das Gálias Cisalpina e Transalpina, onde iria buscar glória militar na luta contra as tribos rebeladas e riquezas para pagar seus credores em Roma e sustentar suas ambições políticas. (Imagem: Mapa das incursões de César pela Gália.)
As Guerras da Gália duraram quase oito anos. Vercingetórige, herói gaulês que resistiu a César, foi preso e enviado a Roma; depois de definhar na prisão Mamertina, foi degolado. (Imagem: Vercingétorix, chefe dos gauleses, se rende à Júlio César.) Toda a Gália foi subjugada na campanha da Gália, graças às vitórias e pilhagens, César conquistou a reputação militar, fortuna e glória que lhe faltavam para igualar-se a Crasso e Pompeu.Crasso, célebre pela luta contra Espártaco e pela fabulosa fortuna que acumulou, foi nomeado governador da Síria. Logo após a vitória contra Espártaco, numa entrevista com o general dos Partos, que ele deveria combater, foi assassinado. Nessa fase de acirrada disputa política, os soldados mantinham-se fiéis a seus generais, em função dos interesses clientelísticos que estes pudessem lhes garantir.
Durante as Guerras Gálicas, César procurou manter o triunvirato. Após a morte de Crasso, César e Pompeu passaram a disputar o poder único. O Senado, temendo as ambições de César e seu controle absoluto sobre o experiente exército da Gália, procurou se aproximar de Pompeu, julgado mais cordato aos interesses dos senadores. No ano seguinte, a morte de Júlia(Filha de César e esposa de Pompeu) enfraquece a relação entre Pompeu e César. Sem mais nada a uni-los, Pompeu e César desfazem a aliança e transformam-se em inimigos.
Pompeu, grande general, considerado o mais ilustre cidadão de Roma desde a morte de Sila, em 54 a.C., exigiu de César o licensiamento do exército e a demissão do governo das Gálias. A candidatura de César ao consulado é barrada pelo Senado. A tradição romana não permitia que um general vitorioso entrasse na cidade acompanhado de seu exército, o que era uma forma de impedir que os militares pudessem sobrepor-se ao poder senatorial. (Imagem : O General Pompeu)
Quando se dirigiam para a capital, os generais dispersavam suas tropas. César, no entanto, desconfiava das intenções do Senado e sabia que se licenciasse suas tropas perderia seu poder de barganha e teria suas pretensões políticas frustradas. Em 49 a.C., atravessou com suas legiões o rio Rubicão (que separava a Itália da Gália Cisalpina), limite de sua jurisdição, e disse a famosa frase: Allae Jacta est ("a sorte está lançada"). Quando soube que César havia atravessado o Rubicão com as tropas, Pompeu abandonou Roma.
César invadiu a Itália e marchou sobre Roma. Tempos depois, as tropas de César venceram Pompeu na Farsália. Vencido, Pompeu fugiu para o Egito, onde foi assassinado pelos ministros do faraó Ptolomeu XII. César desembarcou no Egito, onde havia uma disputa pelo poder, e recebeu a cabeça de Pompeu. Conquistou o país e depôs Ptolomeu, colocando em seu lugar Cleópatra (que era irmã do faraó). Incendiou a Biblioteca de Alexandria.
César permaneceu nove meses ao lado da rainha Cleópatra antes de deixar o Egito, em 47 a.C. Em 47 a.C., César dominou regiões da Ásia que se mantinham fiéis aos seguidores de Pompeu. Ao vencer os Farnaces perto de Zela, anunciou sua fácil vitória com a célebre frase: veni, vidi, vici! ("vim, vi e venci!"). Em Tapso, na África, César derrota os partidários de Pompeu. É nomeado ditador por dez anos. Em Munda, na Espanha, César desbarata os filhos de Pompeu. É nomeado ditador vitalício.
Dica: A primeira temporada do seriado ROMA, da HBO, retrata muito bem esta história entre César e Pompeu.
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A crise da República romana teve início quando o Senado romano passou a ter seu poder desafiado pelo poderio militar de alguns generais.A partir de 227 a.C., Roma passou a ter províncias, sendo as primeiras delas Córsega, Sardenha e Sicília. Além disso, o aumento do território e da duração temporal das guerras de conquista obrigou o Senado romano a criar o pro-rogatio, que era a prorrogação do tempo do mandato do pró-cônsul ou do pró-pretor provincial, que era o funcionário da administração central incumbido de governar a nova província. Com isso, a influência e o poder se concentraram nas mãos de alguns generais, o que lhes permite desafiar a tradicional classe senatorial.Um dos melhores exemplos deste tipo de processo foi o general Mário, que mesmo sendo rejeitado pelo Senado para comandar a expedição ao norte da África com o intuito de solucionar a guerra contra Jugurta, foi enviado com o aval que a decisão popular lhe deu. Isso ilustra um exemplo de como os generais poderiam aliciar militantes a seu favor, mesmo quando Senado decide contra si.Pode-se afirmar que um dos momentos mais críticos da República Romana até o primeiro triunvirato teria sido a ditadura de Sila, o qual chegou a marchar com seu exército sobre Roma. Desde o fim das guerras púnicas, o cargo de ditador romano havía abolido por ser considerado perigoso conceder a um único homem tanto poder. Porém, o cargo foi reintroduzido em 81 a.C. por Sila, no fim da guerra civil com a facção de Gaius Marius.Neste período turbulento floresceu um dos mais importantes filósofos e políticos de todas a História de Roma: Marco Túlio Cícero. Cícero foi um dos grandes defensores da República e escreveu tanto tratados políticos quanto filosóficos.Além da reimplantação da ditadura em Roma, houve outros motivos para o colapso da República romana, entre eles o fracasso dos irmãos Graco ao tentar realizar uma reforma agrária; guerras civis e revoltas populares; movimentos separatistas e insurreições de escravos. Podemos salientar também, que a estrutura política da República era inadequada ao Império.
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Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da Itália e mais tarde para todo o mundo da orla do Mar Mediterrâneo. Como a expansão romana provocou profundas transformações na vida econômica, social e política de Roma, dividiremos esse período em duas fases: a primeira, que se estende até o século III a.C., identificada com a conquista da Itália; e a segunda, que corresponde à formação do poderoso império mediterrâneo. (Foto: O crescimento do poder de Roma na Itália.)
Conquista da Península Itálica
Durante a Realeza, Roma havia imposto o seu domínio no Lácio, conquistando Alba Longa e estendendo o seu território até a foz do Tibre. No início do século V a.C., o objetivo fundamental da aristocracia romana era manter sua hegemonia na região do Lácio, o que preocupava as cidades etruscas. Depois da queda da supremacia dos etruscos, na Península Itálica em fins da Realeza e o início da República, as cidades latinas formaram uma liga contra Roma para fazer frente a suas pretensões expansionistas. Denominou-se Liga Latina. Em 493 a.C., na batalha do Lago Regillus, Roma celebrou tratado de paz com a Liga (que se chamou Foedus Cassianum), ficando ambas as partes em situação de igualdade. No entanto, pouco a pouco, foi-se afirmando a supremacia de Roma até que esta, em 338 a.C., rompeu o tratado e dissolveu a Liga Latina. O território de algumas das cidades que a integravam foi incorporado a Roma, que as organizou sob a forma de tribos rurais; já com outras cidades foram firmados tratados (foedera), pelos quais, embora essas cidades mantivessem sua autonomia administrativa, não tinham elas o direito de declarar guerra ou fazer paz (ius belli et pacis). Outras cidades mais próximas também foram sendo incorporadas e organizadas em forma de tribos. Daí que, além das quatro tribos urbanas criadas por Sérvio Túlio no final da Realeza (Suburana, Esquilina, Palatina e Colina), surgiram várias outras tribos rurais (31, ao final do século III a.C.). O número final de 35 não mais se alterou, e as incorporações posteriores ao final do século III foram para uma das 35 tribos já existentes. Os volscos, montanheses do Sul do Lácio, foram derrotados por Gaio Márcio, apelidado Coriolano por ter tomado Coriolos, capital dos vencidos. Coriolano, mais tarde foi condenado ao exílio e se refugiou entre os volscos, chegando a sitiar Roma. Porém, não atacou a cidade porque sua mãe, em prantos, suplicou-lhe para desistir do intento. Disse Coriolano: "Oh mãe, salvas a pátria, mas perdes teu filho".
A Guerra contra os écuos foi ganha por Cincinato(Foto: Charge retratando a chegada de Pirro e suas tropas à Itália.)
Em 395 a.C., os romanos, sob o comando de Camilo, venceram a cidade etrusca de Veios, numa luta iniciada pelo controle da foz do Rio Tibre. Após essa vitória, seguiu-se uma derrota, por volta de 390 a.C., imposta pelos gauleses em expedições de saques às regiões do Sul da Etrúria. Mas, em 340 a.C., Roma recuperou-se e submeteu os povos mais próximos. De 327 a 290 a.C., Roma guerreou três vezes contra os Samnitas pelo domínio da fértil região da Campânia. Na terceira guerra, os romanos enfrentaram e venceram uma coligação de samnitas, galos, etruscos e latinos. A maior parte dos samnitas acabou se aliando aos romanos. Posteriormente, Roma controlou o norte da Etrúria, cujos domínios compreendiam a Itália central e parte da Itália setentrional. Quando a supremacia romana se estendeu ao Sul da Itália, algumas cidades gregas, como Nápoles, aliaram-se a Roma, enquanto outras, como Tarento, declararam-lhe guerra. Para conquistar essa região, os romanos atacaram a rica cidade de Tarento, próspera na indústria e no comércio. Os tarentinos pediram ajuda de Pirro, rei do Épiro (atual Albânia). Esse chegou a Itália com um poderoso exército (23.000 soldados) e 20 elefantes de combate. Apesar de ter derrotado duas vezes os romanos (em Heracléia e Ásculo), Pirro sofreu pesadas baixas, perdendo quase todo o exército, e teria exclamado: "Uma vitória mais como esta e fico sem soldados". Daí provém a expressão: Vitória de Pirro (para designar uma batalha em que o vencedor sai quase tão esgotado quanto o vencido). Mais tarde, os romanos reorganizam suas forças e liquidam o exército de Pirro durante a Benevento. Em 272 a.C., o Sul da Itália, incluindo Tarento, rendeu-se A Roma. Assim, toda a península Apenina (ou Itálica), exceto o vale do rio Pó, passou para o domínio romano. Ao conquistarem uma região italiana, pelo menos um terço do território ocupado era apropriado pelo Estado, transformado em ager publicus (terras públicas) e depois distribuído aos cidadãos romanos, para várias finalidades: instalação de colônias, distribuição de lotes individuais ou ocupação pela aristocracia, que tinha os meios disponíveis para seu aproveitamento.
Graças ao enorme potencial humano e ao vasto império que dominava, Roma havia se convertido numa enorme potência mundial. Sua influência viu-se fortalecida com a fundação de colônias estratégicas na Itália ligadas por uma rede de estradas. Estas colônias eram formadas por cidadãos romanos ou por latinos; os primeiros faziam parte do Estado Romano, enquanto os demais eram seus aliados, independentes. Porém, tinham seus privilégios. (Foto: A Rota de Pirro.)
Expansão externa Guerras Púnicas
(Foto: Cartago antes da Primeira Guerra Púnica.)
A expansão fora do território da Península Itálica teve início com as Guerras Púnicas contra Cartago, cidade-estado fenícia localizada no Norte da África, que por volta do século III a.C. dominava o comércio do Mediterrâneo. Os ricos comerciantes cartagineses possuíam diversas colônias na Sicília, Sardenha, Córsega, Península Ibérica e em toda costa setentrional da África. Os conflitos entre Roma e Cartago iniciaram-se a partir da expansão romana pelo sul da Península Itálica. O motivo da guerra foi o choque entre o expansionismo romano e o cartaginês. Quando Roma anexou os portos do Sul da península e os interesses de Nápoles e Tarento (atual Taranto) (colônias gregas rivais de Cartago) tornaram-se interesses romanos, a guerra passou a ser inevitável. Era quase certo que Roma, como líder dos gregos ocidentais, iria intervir na luta secular entre sicilianos e cartagineses. A maior parte da Ilha da Sicília era habitada por cartagineses, em luta constante com as colônias gregas ali existentes. Os romanos intervieram e uma de suas legiões, com o apoio de Siracusa, ocupou a cidade de Messina. Os cartagineses declararam guerra a Roma. As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma comunidade de cidadãos e um poderoso exército, fortalecido por aliados em caso de guerra. Nas três Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.), os romanos venceram os cartagineses. Dominaram a Sicília, a Córsega e a Sardenha, além da Península Ibérica, que foi totalmente submetida a Roma após a total submissão dos celtiberos, habitantes da península, em 133 a.C. A Lusitânia foi dominada em 140 a.C., quando os lusitanos, liderados pelo pastor Viriato (que foi morto à traição), foram vencidos pelas tropas romanas. Parte do Norte da África também foi subjugado pelos Romanos, a partir da queda e destruição de Cartago, em 146 a.C. Todo o mediterrâneo ocidental passou para o domínio romano. Ao mesmo tempo que estava envolvida com as guerras púnicas, Roma voltou sua atenção para o Mediterrâneo oriental, onde o império formado por Alexandre Magno havia se desagregado. Filipe V da Macedônia, aliado a Cartago na Segunda Guerra Púnica, apoiou Antíaco III,rei da Síria, contra Ptolomeu Epifânio, protegido de Roma. O cônsul Tito Quíncio Flamínio o derrotou na batalha de Cinocéfalo em 197 a.C.. A Macedônia tornou-se protetorado romano. Mais tarde, seu filho, Perseu, reiniciou a luta contra os romanos (revolta dos macedônios). Foi derrotado por Paulo Emílio Pidna (168 a.C.). Roma transformou a região em uma província romana.
A expansão para o Oriente
(Foto: O Crescimento do poder político de Roma na Ásia Menor.)
O rei da Bitínia submeteu-se a Roma. O monarca selêucida da Síria, Antíoco III, foi vencido em 189 a.C. na Magnésia, ao sudoeste da Ásia Menor. Os romanos conquistaram a Grécia em 146 a.C. Os gregos revoltaram-se contra o domínio romano. O cônsul Lúcio Múmio os derrotou e incendiou Corinto. A Grécia tornou-se província romana em 129 a.C. com o nome de Acaia. Seguiu-se o estabelecimento de um protetorado romano no Egito. Em seguida, no ano de 133 a.C., Roma obteve como herança, após a morte do rei Átalo, de Pérgamo, a cobiçada província da Ásia. No mesmo ano, Numância, cidade do curso superior do Douro, foi conquistada por Cipião Emiliano. Os numantinos foram reduzidos à fome e o suicídio coletivo. A partir do final do século II a.C., Roma já era o império mais poderoso do mundo, que se estendia por 4 mil km, da Espanha até a Asia menor, e dominava uma população estimada em 30 milhões de pessoas. Com a conquista da Gália Transalpina, efetivada por Júlio César (52 a.C.), a Roma republicana transformou-se no maior império que já tinha existido até então, sua população foi estimada em 55 milhões, ou quase de 25% da população mundial. Durante longos anos estas conquistas foram tratadas só como fonte de valiosos butins. Os governos provinciais romanos não eram exatores (fiscalistas), em outras palavras - depois da campanha da Macedônia -, a riqueza vinda das províncias conquistadas (junto com os lucros da exploração estatal das minas) permitiu suprimir totalmente os impostos diretos aos habitantes da Italia. Segundo o historiador Keith Hopkins, a população dominada por Roma aumentou de 4 milhões em 225 a.C. para 60 milhões após a queda da republica.
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A República Romana (do latim respublica, 'coisa do povo') é o termo utilizado por convenção para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C. (quando o último rei foi deposto) ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C. .Lema: Senatus Populusque Romanus ( SPQR ) (Latim: "O Senado e o Povo de Roma")
Língua: Latim
Capital: Roma
Forma de Governo: República
Chefe de Estado: Cônsul
Estabelecimento: 509 a.C.
Término: 2 de Setembro de 31 a.C. (batalha de Áccio)
Primeiro(s) cônsul(es) :Lúcio Júnio BrutoLúcio Tarquínio Colatino (509 a.C.-508 a.C.)Último(s) cônsul(es):Marco AntónioLúciuo Escribónio LibãoEmílio Lépidus Paulo (34 a.C.-33 a.C.)
Resumo da história da República Romana(Foto: Roma durante a república.)
No virar para o século V a.C., Roma uniu-se às cidades latinas como medida defensiva das incursões dos Sabinos. Vencedora da batalha do Lago Regillus, em 493 a.C., Roma estabeleceu novamente a supremacia sobre as regiões latinas que perdera com a queda da monarquia. Após séries de lutas, a supremacia veio a consolidar-se em 393 a.C., com a subjugação dos Volsci e dos Aequi. No ano anterior já teriam resolvido a ameaça dos vizinhos Veios, conquistando-os. A potência etrusca estava agora confinada exclusivamente à sua própria região, e Roma tornara-se na cidade dominante do Lácio. No entanto, em 387 a.C., Roma seria saqueada pelos Gauleses liderados por Brennus, que já tinha sido bem-sucedido na invasão da Etrúria. Esta ameaça seria rapidamente resolvida pelo cônsul Marcus Furius Camillus, que derrotou Brennus em Tusculum pouco depois.Para assegurar a segurança do seu território, Roma empenhou-se na reconstrução dos edifícios e tornou-se entretanto no invasor, conquistando a Etrúria e alguns territórios aos Gauleses, mais a norte. Em 345 a.C. Roma virou-se para Sul, combatendo outros Latinos, na tentativa de assegurar o seu território contra posteriores invasões. Neste quadrante, o seu principal inimigo eram os temidos Samnitas que já haviam derrotado as legiões em 321 a.C.. Apesar destes e outros contratempos temporais, os Romanos prosseguiram a sua expansão casual de forma equilibrada. Em 290 a.C. Roma já controlava mais de metade da península Itálica e, durante esse século ainda, os Romanos apoderaram-se também das polis gregas mais a sul.
Segundo a lenda, Roma tornou-se numa República em 509 a.C.. No entanto, foram necessários vários séculos até Roma assumir a forma monumental com que é popularmente concebida. Durante as Guerras Púnicas entre Roma e o grande império mediterrânico de Cartago, o estatuto de Roma aumentou mais ainda, já que assumia cada vez mais o papel de uma capital de um império ultramarino pela primeira vez. Iniciada no século II a.C., Roma viveu uma significativa explosão populacional, com os agricultores ancestrais a trocarem as suas terras pela grande cidade, com o advento das quintas operadas por escravos obtidos durante as conquistas, as Latifundia. (Foto: Planta da Roma nos tempos da República.)Em 146 a.C., os Romanos arrasaram as cidades de Cartago e Corinto, anexando o Norte de África e a Grécia ao seu império e transformando Roma na cidade mais importante da parte ocidental do Mediterrâneo. A partir daqui, até ao final da República, os cidadãos iriam empenhar-se numa corrida de prestígio, suportando a construção de monumentos e grandes estruturas públicas. Talvez a mais notável tenha sido o Teatro de Pompeu, erigido pelo general Gnaeus Pompeius Magnus (Pompeu), que era o primeiro teatro de carácter permanente alguma vez construído na cidade. Depois de César regressar vitorioso das conquistas gálicas e subsequente guerra civil com Pompeu, embarcou num programa de reconstrução sem precedentes na história romana. Seria, no entanto, assassinado em 44 a.C. com a maioria dos seus projectos ainda em construção, como a Basilica Iulia e a nova casa do Senado (Curia Hostilia).
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Muito antes do Império Romano e da República Romana, existia o Reino de Roma. A Realeza ou Monarquia romana vai desde as origens de Roma à queda da realeza em 510 a.C. Ou seja, vai desde o momento lendário de sua fundação em 21 de abril de 753 a.C., até o final da monarquia em 509 a.C., quando o último rei, Tarquínio, o Soberbo (último dos reis Tarquínios), foi expulso, instaurando-se a república romana. A documentação desse período é precária, e até mesmo o nome dos reis são desconhecidos, citando-se apenas os reis lendários, apresentados nas obras de Virgílio ("Eneida") e Tito Lívio ("História de Roma").As origens da monarquia são imprecisas, se bem parece claro que foi a primeira forma de governo da cidade, um dado que parece confirmar a arqueologia e a lingüística. A mitologia romana vincula a origem de Roma e da instituição monárquica ao herói troiano Enéias, quem, fugindo da destruição de sua cidade, navegou pelo Mar Mediterrâneo ocidental até chegar à Península Itálica. Ali fundou a cidade de Lavinium, e posteriormente seu filho Ascânio (ou Iulo) fundaria Alba Longa, de cuja família real descenderiam os gêmeos Rômulo e Remo, os fundadores de Roma.Durante esse período o rei acumulava as funções executiva, judicial e religiosa, embora seus poderes fossem limitados na área legislativa, já que o Senado, ou Conselho de Anciãos, tinha o direito de veto e sanção das leis apresentadas pelo rei. A ratificação dessas leis era feita pela Assembléia ou Cúria, composta de todos os cidadãos em idade militar. Na fase final da realeza, a partir do fim do século VII a.C., Roma conheceu um período de domínio etrusco, que coincidiu com o início de sua expansão comercial.No período monárquico ou real, a sociedade romana estava dividida em três classes:- Patrícios - Eram cidadãos romanos e detinham o poder economico e político;
- Plebeus - Eram homens livres, porém sem direitos políticos;
- Clientes - Ligavam-se a uma família patrícia, subordinavem-se ao seu patrono, devendo segui-lo na política e na guerra.Assumiam também obrigações economicas.
- Escravos - Recrutados entre os derrotados da guerra , eram considerados instrumentos , sem nenhum direito político
Esse período teve dois setores importantes na política. São eles:- Assembléia Curial, a qual elaborava e aprovava as leis, além de escolher os reis
- Senado ou Conselho dos Anciões, o qual possuía o direito de aprovar ou não as leis que o rei elaborava.
Nascimento de RomaA origem da cidade de Roma pode situar-se espacialmente perto do monte Palatino, junto ao rio Tibre, em um ponto no qual existia um vau natural que permitia seu cruzamento, sendo além navegável desde o mar (localizado a 25 quilômetros rio abaixo) unicamente até essa posição. Neste ponto o rio transcorria entre várias colinas escavadas por seu curso (leito), isoladas entre si por vales que o Tibre inundava em suas cheias, o que convertia a zona em pantanosa, e pelo qual sua população de agricultores e pecuaristas foi em sua origem muito reduzida.Este ponto estratégico apresentava uma localização fácil de defender em relação à ampla planície fértil que rodeava o lugar, protegido como estava pelo Palatino e as outras colinas que o rodeavam, sendo além de um cruzamento destacado nas rotas comerciais do Lácio central, e entre Etrúria e Campania. Todos estes fatores muito contribuíram ao êxito e a fortaleza da cidade.A origem étnica da cidade provém da fusão das tribos latinas e da aldeia de Germal (Roma quadrata) com os sabinos de Viminal e o Quirinal, criando assim a Liga do Septimontium ou Septimoncial (Liga dos sete montes), uma confederação religiosa pré-urbana de clara influência etrusca, o poder hegemônico na península nesta época. O nome da cidade poderia remontar-se até a gens etrusca Ruma, apesar de existirem outras teorias a respeito.Problemática histórica da monarquia romanaAs crônicas tradicionais da história romana, que chegaram até a atualidade através de autores clássicos como Tito Lívio, Plutarco, Dionísio de Halicarnaso entre outros, contam que nos primeiros séculos da vida de Roma houve uma sucessão de sete reis. A cronologia tradicional, narrada por Marco Terêncio Varrão, mostra que foram 243 anos de duração total para estes reinados, isto é, uma que a média era de 35 anos por reinado (muito maior que a de qualquer dinastia documentada), ainda que está sendo desestimada atualmente, desde o trabalho de Barthold Georg Niebuhr. As crônicas tradicionais também se vêem inconsistentes ao analisar-se as evidências arqueológicas dos inícios de Roma.Em algum momento desconhecido da etapa monárquica de sua história, Roma caiu sobre o controle dos reis etruscos. Os reinados dos primeiros monarcas são bastante suspeitos, devido a grande duração média dos mesmos e ao feito acrescentado de que alguns parecem estar arredondados em torno dos 40 anos de duração. Este curioso dado, que inclusive se destaca mais comparado com os reinados da atualidade em que a esperança de vida é maior, ficou explicado nas tradições romanas devido a que a maioria dos reis haviam sido cunhados de seu predecessor. Não obstante, é mais provável que somente os últimos reis desta etapa podem haver existido realmente, enquanto não ainda não temos evidências históricas referentes aos primeiros reis de Roma.Lista de Reis de RomaO rei em Roma, durante o periodo real (monárquico), era o magistrado único, vitalício e irresponsável. Discute-se se o poder do rei era, ou não, total e de natureza absoluta. Sua sucessão não se fazia pelo príncípio da hereditariedade ou da eleição, mas, pelo interrex (senador que, por designação do Senado, governava, na vacância do cargo real, pelo prazo de cinco dias, passando o poder nas mesmas condições, a outro senador, e assim por diante até que fosse escolhido o rei). Essa escolha, portanto, era feita por um desses interreges (não, porém, o primeiro), quando as condições políticas o permitissem. O rei, como chefe de Estado, tinha o comando do exército, o poder de polícia, as funções de juiz (criava e executava leis) e sacerdote, e amplos poderes administrativos (dispunha do tesouro e das terras públicas). Além disso, declarava guerra e celebrava a paz. Eram seus auxiliares: a) nas funções políticas:- o tribunus celerum (comandante da cavalaria);
- o tribunus militum (comandante da infantaria)
- o praefectus urbis (encarregado da custódia da cidade na ausência do rei).
b) nas funções judiciárias:- os duouiri perduellionis (juizes nos casos de crime de traição ao Estado);
- as quaestores parricidii (juízes nas hipóteses de assassínio voluntário de um pater, isto é, do chefe de uma família.
c) nas funções religiosas- os membros do colégio dos pontífices;
- os membros do colégio dos áugures;
- os membros do colégio dos feciais.
Durante a Realeza (ou monarquia), segundo a tradição, Roma teria sido governada por sete reis, quatro latinos e sabinos e os três últimos de origem etrusca (pois esse povo acabou por dominar Roma). Esses reis não foram personagens históricos, mas, em toda lenda, há sempre um fundo de verdade.Lista de reisReis latinos e sabinos- Rômulo (753 a.C. - 716 a.C.)
- Numa Pompílio ou Panfílio (716 a.C. - 673 a.C.)
- Túlio Hostílio (673 a.C. - 641 a.C.)
- Anco Márcio (641 a.C. - 616 a.C.)
Reis de origem etrusca (Tarquínios)- Tarquínio Prisco (616 a.C. - 578 a.C.)
- Sérvio Túlio (Mastarna em etrusco) (578 a.C. - 534 a.C.)
- Tarquínio o Soberbo (534 a.C. - 509 a.C.)
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A etimologia do nome da cidade é incerta, e são várias as teorias que nos chegam deste a Antiguidade; a menos provável indica-nos que derivaria da palavra grega Ρώμη, que significa bravura, coragem; mais provável é a ligação com a raíz *rum-, "Seios", com possível referência a uma loba (em latim, lupa) que seria adoptada pelos gémeos Rómulo e Remo que, segundo se pensa, seriam descendentes dos povos de Lavinium. Rómulo mataria o seu irmão e fundaria Roma.Nas últimas décadas, os progressos na língua etrusca e na arqueologia na Itália reduziram as probabilidades destas teorias, introduzindo novas hipóteses possíveis. Sabe-se, actualmente, que o etrusco era falado desde a região que se tornaria mais tarde na província romana de Récia, nos Alpes, até à Etrúria, incluindo o Lácio e toda a região para Sul, até Cápua. As tribos itálicas entraram no Lácio a partir de uma região montanhosa no centro da península itálica, vindos da costa oriental. Apesar das circunstâncias da fundação de Roma, a sua população original era, por certo, uma combinação da civilização etrusca e povos itálicos, com uma provável predominância de Etruscos. Gradualmente, a infiltração itálica aumentaria, ao ponto de predominar sobre os etruscos; i.e., as populações etruscas seriam assimiladas pelas itálicas, dentro e fora de Roma.Os Etruscos dispunham da palavra Rumach, "de Roma", de onde pode ser extraído "Ruma". Adiante na etimologia, tal como na maioria das palavras etruscas, permanece desconhecido. Que talvez possa significar "teta" é pura especulação. As associações mitológicas posteriores colocam em dúvida esse significado; afinal, nenhum dos colonizadores originais foi criado por lobos, e é pouco provável que os fundadores tivessem tido algum conhecimento sobre este mito acerca deles mesmos. O nome, Tiberius, pode perfeitamente conter o nome do Tibre (em italiano: Tevere). Acredita-se actualmente que o nome provenha de uma nome etrusco, Thefarie, e nesse caso o Tibre derivaria de *Thefar.Primeiros povos italianosRoma cresceu com a sedentarização dos povos no monte Palatino até outras colinas a oito milhas do Mar Tirreno, na margem Sul do rio Tibre. Outra destas colinas, o Quirinal, terá sido, provavelmente, um entreposto para outro povo itálico, os Sabinos. Nesta zona, o Tibre esboça uma curva em forma de Z contendo uma ilha que permite a sua travessia. Assim, Roma estava no cruzamento entre o vale do rio e os comerciantes que viajavam de Norte a Sul pelo lado ocidental da península.A data tradicional da fundação (753 a.C.) foi uma data convencionada bem mais tarde por Publius Terentius Varro, atribuindo uma duração de 35 anos a cada uma das sete gerações correspondentes aos sete mitológicos reis. Foram, no entanto, descobertas peças arqueológicas que indicam que a área de Roma poderá já ter estado habitada tão cedo quanto 1400 a.C.. Estas descobertas arqueológicas também confirmaram que no século VIII a.C., na área da futura Roma, houve duas povoações fortificadas, os Rumi, no monte Palatino, e os Titientes, no Quirinal, e, mais a Norte, os Luceres, que viviam nos bosques. Eram estas apenas três das numerosas comunidades itálicas que existiram no primeiro milénio a.C. na região do Lácio, uma planície na península itálica. No entanto, desconhecem-se as origens destes povos, embora se admita que possam descender dos Indo-europeus que migraram do Norte dos Alpes na segunda metade do segundo milénio a.C., ou de uma eventual mistura destes povos com outros povos mediterrânicos, talvez do Norte de África. No século VIII a.C., os itálicos — Latinos (a Oeste), Sabinos (no vale superior do Tibre), Úmbrios (no nordeste), Samnitas (no Sul), Oscanos e outros — partilhavam a península com outros grandes grupos étnicos: os Etruscos do Norte e os Gregos do Sul.Os Etruscos estavam estabelecidos a Norte de Roma, na Etrúria (uma zona correspondente ao actual Norte do Lácio e Toscana). Teriam sido eles uma grande influência na cultura romana, como claramente demonstrado pela origem etrusca dos sete reis mitológicos.Entre 750 e 550 a.C., os Gregos teriam já fundado várias colónias a Sul da península (que os Romanos mais tarde designariam por Magna Grécia), como Cumae, Neapolis (atual Nápoles) e Tarento (atual Taranto), bem como nos dois terços orientais da Sicília.
Domínio EtruscoApós 650 a.C., os Etruscos tornaram-se dominantes na península Itálica, expandindo-se para o centro-norte da região. Alguns historiadores modernos consideram que a este movimento estava associado o desejo de dominar Roma e talvez toda a região do Lácio, embora o assunto seja controverso. A tradição romana apenas nos informa que a cidade foi governada por sete reis de 753 a.C. a 509 a.C., iniciando-se com o mítico Rómulo que, juntamente com o seu irmão, Remo, teriam fundado Roma. Sobre os últimos três reis, especialmente Tarquínio Prisco e Tarquínio, o Soberbo, informa-nos ainda que estes seriam de origem etrusca — segundo fontes literárias antigas, Prisco seria filho de um refugiado grego e de uma mãe etrusca — e cujos nomes se referem a Tarquinia. (foto: A Muralha Serviana herdou o nome do rei Sérvio Túlio e são as verdadeiras primeiras muralhas de Roma.)O valor historiográfico da lista de reis é, contudo, dúbio, embora os últimos reis pareçam ter sido figuras históricas. Crê-se, também — embora contestado em controvérsia — que Roma teria estado sob influência etrusca durante quase um século, durante este período. Sabe-se, porém, que nestes anos foi construída uma ponte designada Pons Sublicius, que viria a substituir um baixio do rio Tibre utilizado para a sua travessia, e a Cloaca Maxima, o sistema de esgotos romano, obras de engenharia com um traçado típico da civilização etrusca. Do ponto de vista técnico e cultural, os Etruscos são considerados como o segundo maior impacto no desenvolvimento romano, apenas suplantados pelos Gregos.Continuando a expansão, para Sul, os Etruscos estabeleceram contacto directo com os Gregos. Após o sucesso inicial nos conflitos com os Gregos colonizadores, a Etrúria entraria em declínio. Aproveitando-se da situação, a cerca de 500 a.C., dá-se uma rebelião em Roma que lhe iria dar a independência dos Etruscos. A monarquia foi também abolida em detrimento de um sistema republicano baseado num Senado, composto pelos nobres da cidade, alguns populares representantes, que iriam garantir a participação política aos cidadãos de Roma, e magistrados eleitos anualmente.Contudo, o legado dos Etruscos mostrou-se duradouro: os Romanos aprenderam a construir templos, e pensa-se que os primeiros tenham sido os responsáveis pela introdução da adoração a uma tríade divina — Juno, Minerva, e Júpiter — possivelmente correspondentes aos deuses etruscos Uni, Menrva e Tinia. Em suma, os Etruscos transformaram Roma, uma comunidade pastoral, numa verdadeira cidade, imprimindo-lhe alguns aspectos culturais da cultura grega, que teriam adoptado, como a versão ocidental do alfabeto grego.
A Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir da cidade-estado de Roma, fundada na península itálica durante o século VIII a.C.. (Clique na figura ao lado, para ver a animação mostrando a extensão do Imperio Romano em alguns anos.) Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de factores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império seria dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.A civilização romana é tipicamente inserida no grupo "Antiguidade Clássica", juntamente com a Grécia Antiga que muito inspirou a cultura deste povo. Roma contribuiu imensuravelmente para o desenvolvimento no Mundo Ocidental de várias áreas de estudo, como o direito, teoria militar, arte, literatura, arquitetura, linguística, e a sua história persiste como uma grande influência mundial, mesmo nos dias de hoje.Caso tenha algum artigo, comentário, dúvida ou informação sobre as matérias, entre em contato pelos comentários ou pelo e-mail : caesaroma@gmail.com
A fundação de Roma é, lendariamente, atribuída a Rômulo e Remo. Diz a lenda que quando Tróia caiu (século XII a.C.), o principe troiano Enéias conseguiu salvar-se. Após uma longa peregrinação, chegou ao Lácio. Eneias teria se fixado junto ao rio Tibre, onde se casou com uma filha do rei Latino (dando-se o nome de Latinos ao seu povo). O filho de Enéias fundou a cidade de Alba Longa.
O tempo passou e os descendentes de Enéias reinavam em Alba. Um deles, Numitor, três séculos mais tarde, foi deposto e aprisionado por Amúlio, seu irmão. Amúlio matou um sobrinho e, para que não houvesse descendência, colocou sua sobrinha, Réia Silvia, num colégio de Vestais, transformando-a em Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta).
A lenda
Um dia, segundo a versão mais coerente da lenda, a jovem vestal teria ido buscar água para um sacrifício em um bosque sagrado, junto ao rio Tibre, quando foi seduzida (para outros, apenas assediada) por Marte/Ares, deus romano da guerra, que a engravidou, tendo nascido desta união proibida dois gêmeos: Rômulo e Remo. Quando nasceram, foram abandonados em uma cesta e jogados no rio Tibre, a mando de seu tio Amúlio, temeroso que essas crianças viessem futuramente a destroná-lo. A correnteza do Tibre, em vez de as levar para o mar, milagrosamente, depositou-as em lugar seco, perto do Monte Palatino. Rômulo e Remo foram salvos por uma loba enviada por Marte quando chegaram ao local de fundação da cidade.
A loba as criou e amamentou juntamente com as suas crias, na sua gruta, no Lupercal, o que garantiu sua sobrevivência. Depois, um casal de pastores, Fáustulo e Larência, encontrou-os e os criou. Já adulto, Remo envolveu-se numa rixa com alguns pastores e foi conduzido a Amúlio. Informado por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento, Rômulo dirigiu-se ao palácio e libertou o irmão. Vingaram-se do tio, colocando, em seu lugar, Numitor, seu avô, novo rei de Alba (a sede deste reino era no monte Aventino). Com isso, ganharam o direito de fundar uma cidade no lugar em que a loba os encontrou, que foi Roma (ano de 753 a.C.). Mas porque não conheciam o local exato, propuseram-se interrogar os presságios.
Remo instalou-se no monte Aventino, e Rômulo no Palatino, onde cada um dos gêmeos consultou os deuses para saber onde se fundaria a nova cidade. A Remo foi-lhe enviado como presságio seis abutres a voarem sobre o Aventino, enquanto a Rômulo, favorecido pela Fortuna, lhe surgiram doze abutres. Rômulo, para demarcar o território da cidade, logo traçou, em torno de Palatino, um grande sulco circular, demarcando o pomerium, com uma charrua (arado) guiada por dois bois brancos; a terra remexida simbolizava uma muralha e o sulco simbolizava o fosso.
Esse sulco circular não era completamente fechado, apresentando interrupções onde seriam os portões da cidade. Mas Remo, para mostrar ao irmão que aquelas muralhas não valiam de nada, transpô-la de um salto, ridicularizando a obra do irmão. Este, furioso, matou-o a golpes de espada, o sacrifício sangrento necessário para fundação de Roma, deixando claro que quem infringisse as leis romanas, sofreria as consequências. Rômulo arrependeu-se, posteriormente, chorando a morte do irmão, mas o destino estava traçado.
A rivalidade que sempre existiu entre os bairros da Roma antiga, Aventino e Palatino, é explicada pela divergência havida entre os dois irmãos, Rômulo e Remo. Conta-se também que, após a fundação da cidade, houve um conflito entre os irmãos para decidir quem seria o rei. Foi aí que Rômulo matou Remo, tornando-se o primeiro rei de Roma. Rômulo, para povoar a cidade, dado que os recursos locais eram insuficientes, permitiu que se alojassem, nos arredores de Roma, exilados, devedores insolentes, homicidas e escravos fugidos.
Para além disso, para assegurar a continuidade da população da cidade, foi preciso arranjar mulheres. Deu-se, então, o rapto das Sabinas, causando uma guerra contra os sabinos, que acabou, no entanto, com um tratado de união entre os dois povos. A segunda geração romana era, desse modo, uma mistura entre habitantes das colinas romanas, latinos e sabinos, fusão que estará na origem da formação étnica do povo de Roma (os Quirites). Diz a lenda que, quando morreu, Rômulo foi levado para os céus por seu pai, o deus Marte, tendo sido, mais tarde, adorado sob a forma do deus Quirino.Essa história é apenas uma lenda, mas existem informações verdadeiras. A primeira é que os fundadores de Roma criavam gado (representados pelos bois brancos), conheciam metalurgia (representados pelo arado de ferro) e praticavam a agricultura (representados pelo arado). Essas informações foram comprovadas pela arqueologia. A segunda informação é que Roma foi primeiramente uma Monarquia, e que o primeiro rei chamava-se Rômulo. Os povos da planície do Lácio eram constantemente ameaçados pelo etruscos, então, decidiram fundar uma cidade fortificada, com uma grande muralha e alguns poucos portões. Quem entrasse pulando era considerado inimigo e era assassinado.
Uma outra versão sobre Rômulo e Remo
São dois irmãos que, de acordo com o mito de fundação da cidade de Roma, teriam sido criados por uma loba. (Foto: Estátua da loba capitolina. Segundo a lenda sobre a fundação de Roma, o animal teria amamentado os gêmeos Rômulo e Remo.)Diz a lenda que quando Tróia caiu(século XII a.C.), Enéias, príncipe troiano filho de Vênus e Anquises (Anchises), conseguiu salvar-se da cidade que ardia carregando o pai nas costas e o filho, Ascânio, pela mão. Após longa peregrinação, chegou ao Lácio. Eneias ter-se-ia fixado junto ao rio Tibre, onde se casou com uma filha do rei Latino (dando-se o nome de Latinos ao seu povo). O filho de Enéias fundou a cidade de Alba Longa.
O Tempo passou e os descendentes de Enéias reinavam em Alba. Um deles, Numitor, três séculos mais tarde, foi deposto e aprisionado por Amúlio, seu irmão. Amúlio matou um sobrinho e, para que não houvesse descendência, colocou sua sobrinha, Réia Silvia, num colégio de Vestais, transformando-a em Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta). Um dia, segundo a versão mais corrente da lenda, a velha vestal teria ido buscar água para um sacrifício em um bosque sagrado, junto ao rio Tibre, quando foi seduzida (para outros, apenas assediada) por Marte, deus romano da guerra, que a engravidou, tendo nascido desta união proibida dois gêmeos: Rômulo e Remo.
Como desejava o trono, o rei Amúlio mandou encarcerar Réa Sílvia e, temeroso que estas crianças viessem futuramente a destroná-lo, mandou abandonar os meninos no Tibre numa cesta. A correnteza do Tibre, em vez de as levar para o mar, milagrosamente, depositou-as junto ao Ficus ruminalis, uma figueira sagrada do monte Palatino.
Rômulo e Remo foram salvos por uma loba enviada por Marte quando chegaram ao local de fundação da cidade de Roma. A loba, animal sagrado para os romanos, as criou, amamentou e protegeu juntamente com as suas crias, na sua gruta, no Lupercal, o que garantiu sua sobrevivência. Depois, foram encontrados pelo pastor do rei Amúlio, Fáustulo, que os levou para criar e educar com sua esposa, Larência.
Quando o Fáustulo os encontrou, eram amamentados pela loba, como mostram tantas gravuras, quadros e esculturas famosas. (Charge retratando o achamento dos gêmeos Rômulo e Remo pelo pastor Fáustulo.). O pastor deu os nomes de Rômulo e Remo às crianças e confiou-os a sua esposa. Há uma versão que diz que Larência era uma prostituta {lupa - loba, na gíria latina), daí a lenda da loba.
Crescidos os meninos, durante um festival, Remo foi aprisionado pelo rei Númitor, que o acusou, a ele, Rômulo e seus companheiros de furtarem gado em suas terras. Rômulo, não sendo apanhado, retornou à casa, quando ficou sabendo por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento e toda sua história. Apresentou-se, então, ao rei Númitor, já como seu neto, narrando-lhe os fatos. Sensibilizado, o rei festejou o evento, organizando, posteriormente, com a ajuda de seu neto, uma invasão ao palácio de Amúlio.
Rómulo libertou o irmão e, a seguir, matou Amúlio, colocando, em seu lugar, Numitor, seu avô, novo rei de Alba (a sede deste reino era no monte Aventino). Numitor, agradecido, deu-lhes ordem para fundar uma cidade às margens do Tibre, que foi Roma (ano de 753 a.C.). Para saberem o local onde seria mais propícia a sua edificação, interrogaram os presságios. Remo instalou-se no monte Aventino, e Rômulo no Palatino, onde cada um dos gêmeos consultou os deuses para saber onde se fundaria a nova cidade.
A Remo foi-lhe enviado como presságio seis abutres a voarem sobre o Aventino, enquanto a Rômulo, favorecido pela Fortuna, lhe surgiram doze aves. Favorecido pelos augúrios, Rômulo, para demarcar o território da cidade, logo traçou, em torno de Palatino, um grande sulco circular, demarcando o pomerium (recinto sagrado da nova cidade), com uma charrua (arado) guiada por dois bois brancos; a terra remexida simbolizava uma muralha e o sulco simbolizava o fosso. Esse sulco circular não era completamente fechado, apresentando interrupções onde seriam os portões da cidade.
Enciumado por não ter sido escolhido pelos presságios, Remo escarneceu do irmão, afirmando que o local era mal protegido. Para mostrar ao irmão que aquelas muralhas não valiam de nada, transpô-la de um salto, ridicularizando a obra do irmão. Este, furioso, matou-o a golpes de espada depois de descobrir que esteve com outro na cama, o sacrifício sangrento necessário para fundação de Roma, deixando claro que quem infrigisse as leis romanas, sofreria as consequências.
Rômulo enterrou Remo sob o Aventino e, posteriormente, arrependeu-se do assassinato, chorando a morte do irmão, mas o destino estava traçado. A rivalidade que sempre existiu entre os bairros da Roma antiga, Aventino e Palatino, é explicada pela divergência havida entre os dois irmãos, Rômulo e Remo. Rômulo deu seu nome a nova cidade, Roma. Após a fundação da cidade em 753 a.C., Rómulo preocupou-se em povoá-la.
Como os recursos locais eram insuficientes, criou no Capitólio um refúgio para todos os banidos, refugiados, exilados, devedores insolentes, assassinos e escravos fugidos da redondeza. Como faltavam mulheres, durante uma festa, os novos habitantes raptaram todas as jovens do povo vizinho, os poderosos sabinos. Estes, reunidos sob o comando de Tito Tácio, atacaram Roma. Com a ajuda de Tarpéia, conseguiram penetrar no Capitólio. Entretanto, graças à intervenção pacificadora das mulheres, romanos e sabinos assinaram um tratado de paz. Tito Tácio e Rómulo passaram a governar em conjunto.
A segunda geração romana era, deste modo, uma mistura entre habitantes das colinas romanas, latinos e sabinos, fusão que estará na origem da formação étnica do povo de Roma (os Quirites). Depois da morte de Tito Tácio, Rómulo reinou sozinho durante 33 anos. Instituiu o Senado, criou a primeira legião, dividiu os cidadãos em patrícios e plebeus.
Foi chamado Pai da Pátria. Aos 54 anos, enquanto passava em revista as tropas, irrompeu terrível tempestade, acompanhada de um eclipse solar. Passada a tormenta, o rei tinha desaparecido. Em sonho, revelou a Próculo que tinha sido raptado pelos deuses e se havia transformado no deus Quirino. Esta lenda, originada possivelmente em princípios do século IV a.C. e consolidada em sua forma definitiva cerca de duzentos anos depois, está narrada no poema épico Eneida, do poeta romano Virgílio, que aproxima a história romana da troiana, já que Enéias, pai de Réia Silvia, era um dos heróis de Troia, que, depois de sua destruição, fugiu para a Itália.
A história tinha o objetivo fundamental de associar a fundação de Roma com uma divindade, no caso Marte, deus da guerra e protetor das legiões romanas. Parece provável, entretanto, que nela se encontrem representados miticamente fatos reais sobre a fundação da cidade, como as lutas entre povos rivais. Relatos semelhantes são freqüentes na mitologia grega e constituíram o modelo da lenda de Rômulo e Remo. As pesquisas arqueológicas têm confirmado alguns dados tradicionais, como a data de fundação da cidade.
Origens mais prováveis de Roma Tese da fundação pelos etruscos
Há autores que acreditam que Roma foi fundada pelos etruscos. Os povos do antigo Lácio, para melhor resistir a seus inimigos, agrupavam-se em ligas, das quais a mais importante foi a Albana. Entre as demais figurava a Setimonial, formada por sete núcleos de população instalados nos montes Palatino, Ésquilo e Célio.
Em meados do século VIII a.C., a liga Septimoncial foi derrotada pelos etruscos, que, posteriormente, fundaram a cidade de Roma, em duas etapas. Na primeira, criaram-na materialmente, secando os pântanos entre as colinas, e propiciando-lhe, assim, condições de vida; na segunda, deram-lhe organização política.
Tese da fundação pelos Latinos e SabinosA opinião dominante, porém, é que Roma não foi fundada pelos etruscos, mas, sim, pelas próprias populações do Lácio. Roma teria se originado dum forte construido por latinos e sabinos no monte Capitolino, às margens do rio Tibre.Isso se procura demonstrar com o fato de que as mais antigas instituições romanas têm denominação de origem latina, como, por exemplo, rex, tribus, magister, curia. Roma, portanto, já existiria quando os etruscos a subjugaram.
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A história de Roma remonta a 2800 anos atrás, desde o nascimento de uma pequena povoação na Itália no século VIII a.C., que se tornou o centro de uma vasta civilização que dominou a região Mediterrânica durante séculos, e que seria derrubada por algumas tribos germânicas, dando início à era historiográfica da Idade Média. A foto ao lado é o mapa de Roma antes de sua fundação. Tornar-se-ia mais tarde na sede da Igreja Católica Romana e, por pressão das circunstâncias políticas, seria obrigada a ceder parte de si, no seu interior, para formar um estado independente, a Cidade do Vaticano. Continuou, no entanto, a desempenhar um papel importante na política global, tal como o fez na história e cultura dos povos europeus durante milénios.
Roma antiga
A Roma Antiga foi uma civilização que se desenvolveu a partir da cidade-estado de Roma, fundada na península itálica durante o século VIII a.C.. Durante os seus doze séculos de existência, a civilização romana transitou da monarquia para uma república oligárquica até se tornar num vasto império que dominou a Europa Ocidental e ao redor de todo o mar Mediterrâneo através da conquista e assimilação cultural. No entanto, um rol de factores sócio-políticos iria agravando o seu declínio, e o império seria dividido em dois. A metade ocidental, onde estavam incluídas a Hispânia, a Gália e a Itália, entrou em colapso definitivo no século V e deu origem a vários reinos independentes; a metade oriental, governada a partir de Constantinopla passou a ser referida como Império Bizantino a partir de 476 d.C., data tradicional da queda de Roma e aproveitada pela historiografia para demarcar o início da Idade Média.
Origens
A etimologia do nome da cidade é incerta, e são várias as teorias que nos chegam deste a Antiguidade; a menos provável indica-nos que derivaria da palavra grega Ρώμη, que significa bravura, coragem; mais provável é a ligação com a raíz *rum-, "Seios", com possível referência a uma loba (em latim, lupa) que seria adoptada pelos gémeos Rómulo e Remo que, segundo se pensa, seriam descendentes dos povos de Lavinium. Rómulo mataria o seu irmão e fundaria Roma. Nas últimas décadas, os progressos na língua etrusca e na arqueologia na Itália reduziram as probabilidades destas teorias, introduzindo novas hipóteses possíveis. Sabe-se, actualmente, que o etrusco era falado desde a região que se tornaria mais tarde na província romana de Récia, nos Alpes, até à Etrúria, incluindo o Lácio e toda a região para Sul, até Cápua. As tribos itálicas entraram no Lácio a partir de uma região montanhosa no centro da península itálica, vindos da costa oriental. Apesar das circunstâncias da fundação de Roma, a sua população original era, por certo, uma combinação da civilização etrusca e povos itálicos, com uma provável predominância de Etruscos. Gradualmente, a infiltração itálica aumentaria, ao ponto de predominar sobre os etruscos; i.e., as populações etruscas seriam assimiladas pelas itálicas, dentro e fora de Roma. Os Etruscos dispunham da palavra Rumach, "de Roma", de onde pode ser extraído "Ruma". Adiante na etimologia, tal como na maioria das palavras etruscas, permanece desconhecido. Que talvez possa significar "teta" é pura especulação. As associações mitológicas posteriores colocam em dúvida esse significado; afinal, nenhum dos colonizadores originais foi criado por lobos, e é pouco provável que os fundadores tivessem tido algum conhecimento sobre este mito acerca deles mesmos. O nome, Tiberius, pode perfeitamente conter o nome do Tibre (em italiano: Tevere). Acredita-se actualmente que o nome provenha de uma nome etrusco, Thefarie, e nesse caso o Tibre derivaria de *Thefar.
Primeiros povos italianosRoma cresceu com a sedentarização dos povos no monte Palatino até outras colinas a oito milhas do Mar Tirreno, na margem Sul do rio Tibre. Outra destas colinas, o Quirinal, terá sido, provavelmente, um entreposto para outro povo itálico, os Sabinos. Nesta zona, o Tibre esboça uma curva em forma de Z contendo uma ilha que permite a sua travessia. Assim, Roma estava no cruzamento entre o vale do rio e os comerciantes que viajavam de Norte a Sul pelo lado ocidental da península. A data tradicional da fundação (753 a.C.) foi uma data convencionada bem mais tarde por Publius Terentius Varro, atribuindo uma duração de 35 anos a cada uma das sete gerações correspondentes aos sete mitológicos reis. Foram, no entanto, descobertas peças arqueológicas que indicam que a área de Roma poderá já ter estado habitada tão cedo quanto 1400 a.C.. Estas descobertas arqueológicas também confirmaram que no século VIII a.C., na área da futura Roma, houve duas povoações fortificadas, os Rumi, no monte Palatino, e os Titientes, no Quirinal, e, mais a Norte, os Luceres, que viviam nos bosques. Eram estas apenas três das numerosas comunidades itálicas que existiram no primeiro milénio a.C. na região do Lácio, uma planície na península itálica. No entanto, desconhecem-se as origens destes povos, embora se admita que possam descender dos Indo-europeus que migraram do Norte dos Alpes na segunda metade do segundo milénio a.C., ou de uma eventual mistura destes povos com outros povos mediterrânicos, talvez do Norte de África. No século VIII a.C., os itálicos — Latinos (a Oeste), Sabinos (no vale superior do Tibre), Úmbrios (no nordeste), Samnitas (no Sul), Oscanos e outros — partilhavam a península com outros grandes grupos étnicos: os Etruscos do Norte e os Gregos do Sul. Os Etruscos estavam estabelecidos a Norte de Roma, na Etrúria (uma zona correspondente ao actual Norte do Lácio e Toscana). Teriam sido eles uma grande influência na cultura romana, como claramente demonstrado pela origem etrusca dos sete reis mitológicos. Entre 750 e 550 a.C., os Gregos teriam já fundado várias colónias a Sul da península (que os Romanos mais tarde designariam por Magna Grécia), como Cumae, Neapolis (atual Nápoles) e Tarento (atual Taranto), bem como nos dois terços orientais da Sicília.
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Ave visitantes,Bem vindo ao novo blog sobre Roma. Para você que quer saber mais sobre a cidade mais famosa do mundo, quer estudar seus feitos no grande império romano e que ama a história, o império, enfim essa cidade maravilhosa, seja muito bem vindo. Espero passar o máximo de informações possíveis para vocês. Estarei postando sobre a história, turismo, filmes, jogos, músicas, enfim tudo para você conhecer a maravilhosa Roma.Espero que voltem sempre.Caso tenha algum artigo, comentário ou informação sobre as matérias, entre em contato pelos comentários ou pelo e-mail : caesaroma@gmail.comGrande AbraçoGaius Julius Octavius